domingo, 27 de maio de 2012

DESMISTIFICANDO O APOCALIPSE - Parte 1

INTRODUÇÃO.



O Apocalipse é um livro que ao longo dos anos tem causado muita divergência. Lutero não o considerava canônico, porém o incluía no final da tradução que fez do Novo Testamento juntamente com outros cuja canonicidade era por ele questionada.


Na atualidade muitos tem usado o Apocalipse para justificar inúmeros absurdos teológicos. Como entender este livro? O que ele tem de tão empolgante e inebriante que seduz inúmeros incautos para uma pseudo-hermenêuticas e falsas exegeses?

Quais devem ser os pressupostos adotados para se dialogar sobre o Apocalipse? Eis algumas dicas:

1.    Ele deve ser interpretado levando-se em conta o ambiente histórico, cultural, político e espiritual da época em que foi escrito.

2.    Ele faz parte de conjunto literário denominado literatura apocalíptica que floresceu abundantemente na região da palestina em meados de 100 aC a 200 dC.

3.    O livro nasceu como uma resposta de Deus para o povo que se sentia tentado por um envolvimento comprometedor com a excessiva permissividade religiosa de Roma e pelos sofrimentos daqueles que não se curvavam heroicamente diante do culto ao imperador iniciado na região da Ásia Menor.

4.    É a resposta de Deus a oração dos fiéis quanto ao destino final dos malfeitores que agora oprimem e as bênçãos que aguardarão ao que vencerem.

Pode-se ouvir ecoar poderosamente a mensagem de João aos ouvidos dos fiéis proclamando:

Ouvi outra voz do céu, dizendo: Retirai-vos dela, povo meu, para não serdes cúmplices em seus pecados e para não participardes dos seus flagelos”. Ap.18:4.

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