O Apocalipse é um livro que ao
longo dos anos tem causado muita divergência. Lutero não o considerava
canônico, porém o incluía no final da tradução que fez do Novo Testamento
juntamente com outros cuja canonicidade era por ele questionada.
Na atualidade muitos tem usado o
Apocalipse para justificar inúmeros absurdos teológicos. Como entender este
livro? O que ele tem de tão empolgante e inebriante que seduz inúmeros incautos
para uma pseudo-hermenêuticas e falsas exegeses?
Quais devem ser os pressupostos
adotados para se dialogar sobre o Apocalipse? Eis algumas dicas:
1. Ele
deve ser interpretado levando-se em conta o ambiente histórico, cultural, político
e espiritual da época em que foi escrito.
2. Ele
faz parte de conjunto literário denominado literatura apocalíptica que
floresceu abundantemente na região da palestina em meados de 100 aC a 200 dC.
3. O
livro nasceu como uma resposta de Deus para o povo que se sentia tentado por um
envolvimento comprometedor com a excessiva permissividade religiosa de Roma e
pelos sofrimentos daqueles que não se curvavam heroicamente diante do culto ao
imperador iniciado na região da Ásia Menor.
4. É
a resposta de Deus a oração dos fiéis quanto ao destino final dos malfeitores
que agora oprimem e as bênçãos que aguardarão ao que vencerem.
Pode-se ouvir ecoar poderosamente
a mensagem de João aos ouvidos dos fiéis proclamando:
“Ouvi outra
voz do céu, dizendo: Retirai-vos dela, povo meu, para não serdes cúmplices em
seus pecados e para não participardes dos seus flagelos”. Ap.18:4.
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