Na
Idade Média os países da Europa passavam por transformações ideológicas,
políticas, sociais que acabaram por influenciar a vida religiosa. O poder
estava nas mãos de uns poucos “bem nascidos”, cerceados pela Igreja, enquanto
que, a massa populacional era explorada. Quando se falava em nome de Deus,
pensava-se na Igreja como sua representante legal.
A
Igreja marchava nesse processo evangelizador de manifestar e assegurar “o reino
de Deus” aqui na terra. Essa expressão passou a ser sinônimo de “reino da
Igreja”. Partes dos monarcas eram fantoches a serviço “do reino de Deus”.
Asseguravam a ordem social e econômica enquanto, a propagadora da mensagem
celeste “acalentava seus fiéis com mensagens de segurança”. Eles diziam: - “Contribuam!
E seus parentes amados terão uma feliz estadia nas cortes celestiais.
Ajudem-nos construir catedrais e não enfrentarão os tormentos do purgatório”.
Em
nome da fé mantiveram seus fiéis cativos, exploraram a boa fé dos incautos e
focalizaram seus esforços no sentido de “cristianizar” o mundo.
Cansados
deste cristianismo déspota, mundano e sedento por poder, certos indivíduos
romperiam com “os laços fraternos da Mãe dos fiéis” - A Igreja. Estas pessoas
dariam início ao que conhecemos como Reforma protestante. Eles mudariam não
apenas o cenário religioso da Europa, mas do mundo. Tudo isso só foi possível
graças à descrença da fé.
Eles
enfrentaram concílios, dietas, inquisidores, fogueiras, tudo porque a
institucionalização da fé nos moldes deste cristianismo sem Cristo, desta fé
sem esperança, deste evangelho sem necessidade de arrependimento. Era o clamor
por mudanças, era o suspirar por uma igreja mais humanizada, e não mundana.
Após séculos nos deparamos com a
reprise da história. Não mais uma Igreja
católica romana, porém, uma igreja protestante que segue em marcha vitoriosa,
crescente e portentosa. Por ironia do destino, aqueles que mudaram o mundo, que
transformaram a história, agora tendem a repetir a lúgubre marcha fúnebre da
igreja na Idade Média.
São “Papas” nas igrejas, são
oradores ávidos por poder em seus púlpitos, são mentes a serviço dos
desprazeres. Novamente acalentados pela inanição do povo, pela imaturidade de certos
líderes leigos, pelas conveniências pessoais. Há entre os
evangélicos/protestantes certo otimismo motivado pelas recentes pesquisas do
IBGE, que revelam crescimento numérico. Infelizmente, tais pesquisas não
revelam certas verdades.
Estes
números expressam quantidades e não a qualidade de vida espiritual deste povo.
As condições socioeconômicas e políticas dos brasileiros favorecem o
crescimento do evangelicalismo e parte da teologia da prosperidade que declara:
“Quando mais você oferta a Deus, mais
bênção ele derrama sobre você.” Enquanto catedrais são construídas em nome
de Deus para ostentar o orgulho pessoal de determinados líderes que deveriam
ser guias e não lobos ávidos pelas economias de incautos e despercebidos,
centenas e milhares de pessoas continuam sedentas pela mensagem de Deus.
No
entanto, este Deus que anelam é o Deus da graça redentora, do amor verdadeiro,
Abençoador das almas moribundas e Justiça dos aflitos! Faz-se necessário soerguer
vozes impolutas, audazes e cheias de misericórdia. É preciso de novas atitudes,
de novas ações, sem, no entanto, esquecer-se da antiga mensagem: Deus é amor!
O alto e o bx clero das igrejas no brasil
ResponderExcluirUm livro revelador,com.um olhar criticos nos estatutos das conveniencias e nas famigeradas reconduçao de mesas diretores para perpetuar o poder e o sistema.
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