terça-feira, 31 de maio de 2011

PECADO ORIGINAL PARTE IV

COMO PODEMOS SER RESPONSÁVEIS POR UMA NATUREZA DEPRAVADA QUE NÃO ORIGINAMOS PESSOAL E CONSCIENTEMENTE, E COMO DEUS PODE COM JUSTIÇA COBRAR DE NÓS O PECADO DE ADÃO?

A IMPUTAÇÃO DO PECADO.


1.         AGOSTINIANISMO: Aurélio Agostinho, Bispo de Hipona, na África, “cria que o homem foi feito originalmente à imagem de Deus e livre para escolher o bem e mal, mas o pecado de Adão atingiu a todos os homens, porque Adão era o pai da raça. A vontade do homem está totalmente corrompida pela queda, razão porque ele pode ser considerado totalmente depravado e incapaz de usar a sua vontade no que diz respeito do problema da salvação.  Agostinho cria que todos herdam o pecado através de Adão e que ninguém pode fugir ao pecado original. A salvação vem somente para os eleitos através da graça de Deus em Cristo. Deus pode revitalizar a vontade humana para que aceite a graça que Ele oferece àquele que Ele elegeu para salvação.”


PECADO ORIGINAL III

COMO PODEMOS SER RESPONSÁVEIS POR UMA NATUREZA DEPRAVADA QUE NÃO ORIGINAMOS PESSOAL E CONSCIENTEMENTE, E COMO DEUS PODE COM JUSTIÇA COBRAR DE NÓS O PECADO DE ADÃO?

A IMPUTAÇÃO DO PECADO.

1.          PELAGIANISMO: Pelágio (360-420), monge e teólogo britânico, possuidor de extremo rigor asceta, tendo com seu principal oponente Agostinho bispo de Hipona. Suas idéias sobre a salvação dos pecados foram expostas em Roma em 409 e condenadas em 418 no Concílio de Cartago, sendo ratificada em 431 no Concílio de Éfeso. Segundo Cairns, Earle E., em seu livro o cristianismo através dos séculos: uma história da igreja cristã, Vida Nova, 1995 comenta sobre as idéias de Pelágio:
“Para Pelágio todo o homem é criado livre como Adão, tendo, portanto, capacidade de escolher entre o bem e o mal. Cada alma é uma criação de Deus, não herdando por isso a contaminação do pecado de Adão. A universalidade do pecado no mundo é explicada pela fraqueza da carne humana e não pela corrupção da vontade pelo pecado. O homem não herda o pecado original de seu primeiro pai, embora os pecados das pessoas da geração passada enfraqueçam a carne da geração atual, razão porque os pecados são cometidos, a menos que as vontades individuais cooperem com Deus no processo de salvação.” Em outras palavras: “Toda alma humana é criada imediatamente por Deus, criada livre de tendências depravadas, e capazes de obedecer a Deus como era Adão, e que Deus imputa aos homens apenas os atos que eles fizeram pessoal e conscientemente; e que o único efeito do pecado de Adão sobre seus descendentes foi o mau exemplo.” Henry Clarence, Palestras Introdutórias à Teologia Sistemática, Imprensa Batista Regular do Brasil, 1989.

      Refuta-se esta teoria a partir das Escrituras Sagradas quando nos afirmam que: (1) o homem possui uma natureza pecaminosa (Jó. 14:4; 15:14; Sl. 51:5; Rm. 5:12; Ef.2:3); (2) Todos são universalmente culpados na fase da consciência moral (Sl.58:3; Is.48:8); (3) Ninguém será salvo pelas obras da Lei (Sl. 143:2; At.13:39; Rm. 3:20; Gl.2:16). 

PECADO ORIGINAL PARTE II

A UNIVERSALIDADE DO PECADO.
ü 
ANTIGO TESTAMENTO:
1Rs.8:46; Sl.143:20; Pv.20:9; Ec.7:20.
ü NOVO TESTAMENTO.
Lc. 11:13; Rm. 3:10, 12, 19, 23; Gl.3:22; Tg.3:2; 1Jo.1:8.
A pecaminosidade universal não está limitada a atos de pecado; ela inclui a posse de uma natureza pecaminosa. As Escrituras se referem a atos pecaminosos e inclinações em direção à sua fonte, a natureza corrupta (Mt. 12:34; Lc.6:43-45; Ef. 2:3; Rm.5:12-14).
   As Escrituras ensinam que o pecado de Adão e Eva tornou pecadora todos seus descendentes (Rm. 5:19), isto é, o pecado de Adão foi imputado,  reconhecido e cobrado de todos os membros da raça humana. É por causa do pecado de Adão que viemos ao mundo com uma natureza depravada e sob a condenação de Deus (Jó. 14:4; 15:14; Sl. 51:5; Rm. 5:12; Ef.2:3).

PECADO ORIGINAL PARTE I

PECADO ORIGINAL:
O estado e condição de pecado em que os homens nascem é designado na teologia pelo nome de peccatun originale, literalmente traduzido por “pecado original”.
Não é um apropriado designativo da culpa original, pois esta não é herdada, mas, sim, é-nos imputada. Chama-se “pecado original”:
1.    Porque é derivado da raiz original da raça humana.
2.    Porque está presente na vida de todo e qualquer indivíduo, desde a hora do seu nascimento e, portanto, não pode ser considerado como resultado de imitação.
3.    Porque é a raiz interna de todos os pecados concretizados que corrompem a vida do homem. Devemos estar vigilantes contra o erro de pensar que a expressão implica de alguma forma, que o pecado por ela designado pertence à constituição original da natureza humana, o que implicaria que Deus criou o homem já na condição de pecador.
Louis Berkhof, Teologia Sistemática.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

O VALOR DOS CONSELHOS DOS PAIS E MÃES


“Filho meu, ouve o ensino de teu pai e não deixes a instrução de tua mãe.” Pv.1:8.
        
O ser humano em alguns momentos da vida vive uma sensação onipotência.  Não no sentido da divindade, mas no sentido de que pode tudo que esteja ao seu alcance sem ter que prestar contas com alguém ou mesmo no sentido de manipulá-la conforme sua “onipotente” vontade. Isso pode ser observado nos primeiros anos de vida, quando a criança ainda não compreende as dimensões dos limites que lhe são impostos pelas convenções sociais. É quando elas tentam manipular os pais, fazendo beicinho,  rostinho de choro levando-os ao controle e subserviência. Eles acabam por fazer o que elas querem. É claro que isto ocorre de maneira diferente na outra face de nossa vida conhecida como adolescência.
Na infância as crianças estão explorando o universo familiar: a casa. Na adolescência eles estão explorando um universo maior: o mundo fora de casa. Com regras, valores, costumes, línguas e religiões diferentes. Embora a adolescência seja uma fase marcada por perdas é também uma fase de descobertas. Ao mesmo em que perdem eles também ganham.
Ficam surpresos com novas descobertas em seus antigos corpos infantis, vêem membros crescendo; vêem pêlos nascendo, vêem novos sentimentos e sensações aflorando; é algo novo e inusitado. Chegando as vezes a assustar e levá-los a perplexidade. Além, destas descobertas físicas, o adolescente percebe mudanças conceituais, pois vão entrar em contatos outros grupos sociais de afinidade, e descobrindo que existem conceitos diferentes dos aprendido em seu lar. É quando eles passam a fazer comparações do tipo: Ah! Na casa dos pais dos meus colegas não é assim! Nascendo de forma mais consistente o espírito crítico que todos nós possuímos. É quando nossos valores familiares passam por uma fase de análise por parte deles, surgindo dúvidas existenciais.
Estas dúvidas existenciais afloram diante da realidade que se descortina antes aos seus olhos. Eles passam questionar a realidade, querem uma explicação racional para suas dúvidas. Deus existe? Se existe porque ele não faz nada diante de tanta violência? Pensam eles. É também um momento oportuno para lhes mostrar os valores reais dos céus.
A onipotência nesta fase é uma declaração de auto-afirmação, de que são capazes de se dirigirem a si próprios, mas eles ainda não entendem que estão no começo de um processo constante de amadurecimento e crescimento, onde contarão com a orientação de pessoas com mais vivências: seus pais!
É aí que se cristaliza nossa responsabilidade diante de nossos filhos, orientá-los adequadamente frente às novas e constantes transformações pelas quais passa o mundo. Um mundo globalizado, sem fronteiras com uma velocidade extraordinária de transmissão de informações. É o mundo on line! É a era dos messenger’s, skype’s,  dos orkut’s, dos Sonicos, etc.
É neste contexto que os pais e mães possuem o desafio de transmitirem o conhecimento do SENHOR aos seus filhos. Todo pai e mãe precisam absorver esta responsabilidade e não transferi-la a ninguém. É dever de todo o pai e mãe cuidar da orientação dos seus filhos no Senhor. É uma responsabilidade intransferível. Não cabe ao Estado, ao Município, aos avós, aos tios, aos filhos mais velhos, mas a vocês de cuidarem e zelarem pela boa orientação de seus filhos. Cabe a vocês!

QUANDO SONHAR NÃO É SUFICIENTE.


“Vendo, pois, seus irmãos que o pai o amava mais que a todos os outros filhos, odiaram-no e já não lhe podiam falar pacificamente. Teve José um sonho e o relatou a seus irmãos; por isso, o odiaram ainda mais.”    
 Gn. 37:4-5.

Por vezes somos convidados pela razão a refletir do por que de nossas vivências serem tão distintas daquilo que imaginamos para nossa vida como definição de projeto de vida ideal. São momentos onde sonhos podem parecer utopias, devaneios e delírios do que a possibilidade de realidades atingíveis.

José era o primogênito do casamento de Jacó e Raquel (Gn. 29:18-20,30; 32:2), era o filho de seu amor, contentamento de seu coração, seu predileto. Este sentimento, embora terno e amável despertou o ciúme no coração dos outros filhos que Jacó possuía. O ciúme é o irmão gêmeo do ódio e da vingança, são filhos do tormento. Foram destruidores capazes de produzir ressentimentos, mágoas, perdas e tristezas profundas.

O ciúme foi capaz de projetar ódio, fomentar vingança, levar a ações vis incapazes de perdão e restauração. O ódio é maior arma bacteriológica que o homem foi capaz de gerar. Ela foi gerada no recôndito da alma humana, ela pode aliciar, envolver, contaminar e por fim, levar a morte espiritual de pessoas cujos corações se abrem para este sentimento devastador.

Foi neste ambiente que José foi capaz de encontrar a possibilidade de se deixar envolver por seus sonhos. Mas, sonhar somente não era suficiente neste momento da vida, pois o ódio de seus irmãos o conduziu as mais baixas experiências que a vida pode produzir: exclusão da vida familiar, perda da liberdade e objeto do ódio daqueles que deveriam recebê-lo em seus braços.

José poderia sentir-se vítima das circunstâncias, refém da baixa-estima, prisioneiro da tristeza e filho do desencanto, porém ele preferiu reconhecer o significado profético de seu nome – Frutífero.

Sonhar não é suficiente quando nossos sonhos não capazes de nos levar a atitudes desafiadoras, mudanças, transformações. Nossos sonhos devem causar uma revolução em nossa mente, nova disposição psíquica, uma nova atitude mental. Os sonhos são capazes de gerar nova vida mental.

Somos motivados por nossas atitudes, por nosso mundo subjetivo. Elas são fonte de transformação, renovação e vida. Salomão fala desta atitude quando diz: “Apliquei meu coração...” (Ecl. 1:13,17; 7:25; 8:16; 9:1). Está escrito: “Porque, como imaginas em sua alma assim ele é; ...” Pv. 23:7. Logo, nos tornamos aquilo em que acreditamos. Nossas atitudes mentais podem nos fazer descer ao mais profundo Hades com nos levar aos píncaros das grandezas e glórias que alma humana pode alcançar.

Como um jovem sofredor, servo e abandonado tornou-se o segundo homem mais importante do Egito, a maior potencial econômica e política do mundo antigo?

O livro de Gênesis via nos conduzir as profundezas da vida de José. Vai desvendar os segredos que José lançou mão para vencer e triunfar sobre tristes realidades. Sonhos poderosos levam a ações poderosas!

Centralidade em Cristo na comunidade primitiva.

“E todos os dias, no templo e de casa em casa, não cessavam de ensinar, e de anunciar a Jesus, o Cristo.” At.5:42.

         Todos aqueles que vivem para satisfazer o Senhor se comprazem em contribuir no Reino de Deus por meio do testemunho diário. Para eles não existe lugar, tempo ou condição que os impeçam de proclamar a Jesus, o Nazareno como o Cristo.
         Havia uma centralidade em Cristo extraordinária por parte dos apóstolos e da comunidade cristã. O centro da Igreja Primitiva estava em Cristo! A vida girava em torno da mensagem de Jesus.
Hoje, falta em muitos púlpitos, esta centralidade cristológica, falta em muitas de nossas igrejas esta preocupação com a mensagem que leva o Senhor como o centro de nosso viver. A tônica em muitas igrejas é na prosperidade, na cura, nos milagres e no próprio Espírito Santo. Porém todas estas ênfases são claramente compreendidas a luz de Jesus Cristo, o Filho de Deus. Nele as cura, os milagres e a prosperidade podem ocorrer. Nele o Espírito Santo é concedido a todos que confiantemente abandonam o pecado e abraçam a fé que se debruça no Salvador.
Seja a vida religiosa ou espiritual, aqui representada pela figura do templo e manifesta através de seus ministros; ou a vida pessoal, familiar, conjugal representada pela casa, onde todos nós estamos. Tudo deve ter sua centralidade bem firmada em Jesus Cristo como o Príncipe Salvador constituído por Deus. Não há nada de errado em crê nos milagre, mas colocá-los enfaticamente como o centro de nossa vida é um equívoco que pode gerar muitas feridas e decepções. Devemos ter sempre em mente as palavras de Paulo: “... de fazer convergir em Cristo todas as coisas, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra.” Ef.1:10.

Não havia entre eles necessitado algum...

“Pois não havia entre eles necessitado algum; porque todos os que possuíam terras ou casas, vendendo-as, traziam o preço do que vendiam e o depositavam aos pés dos apóstolos. E se repartia a qualquer um que tivesse necessidade.” Vv.34-25.

Eis algumas informações importantes:

1.     “Os que possuíam terras ou casas, vendendo-as, traziam o preço do que vendiam.” O desprendimento com os bens materiais era percebido entre os cristãos primitivo! A falta de apego aos valores materiais não deve ser confundida com a falta de desejo honesto de crescer profissionalmente, socialmente e economicamente, mas sim, de tentar pautar nosso viver pelo lucro, pelo sucesso financeiro a qualquer custo, principalmente frente à miséria do próximo, seja ele cristão ou não. Aqui eles mostraram desprendimento e não aprisionamento aos valores financeiros que se vêem em muitas comunidades ditas cristãs. Onde a preocupação não é com a pregação cristã, mas a propagação de uma teologia de prosperidade alheia a Palavra de Deus.

2.     “E o depositavam aos pés dos apóstolos. E se repartia a qualquer um que tivesse necessidade.” A igreja primitiva que todos querem imitar era uma igreja apaixonada pelo socorro aos necessitados. Porém, poucos querem imitá-la quanto a esta atitude. Poderíamos falar da ética nas relações administrativas empreendidas pelo pastor ou pelo corpo de obreiros, na administração das ofertas e bens confiados pelos fiéis a Igreja para o socorro dos necessitados. Pode-se dizer também que muitos homens, ditos santos, estão cada vez mais embebecidos pela febre avassaladora da cobiça. Que o Senhor nosso Deus nos guarde desta condenação!

LEVITAS...

LEVITAS:
Umas das doze tribos de Israel que conforme Dt. 10: 8. Eles apresentavam uma marca indelével em seu ministério: eles foram separados por Deus!

A dignidade do ministério dos levitas está no fato de o Senhor mesmo os ter escolhidos. Eles na escolheram a si mesmos. A autoridade de suas ministrações estava em Deus e não nos homens.

“Por esse mesmo tempo, o Senhor separou a tribo de Levi para levar a arca da Aliança do Senhor, para estar diante do Senhor, para o servir e para abençoar em seu nome até o dia de hoje.”

Esta separação possui duplo aspecto:


ü Por esse mesmo tempo, o Senhor separou a tribo de Levi, para estar diante do Senhor: A autoridade concedida aos levitas era de levar a Arca. Sobre eles repousava a responsabilidade de conduzir a arca da aliança: o símbolo mais sagrada no judaísmo, símbolo material da presença de Deus no meio do povo.  Deus está visível no ministério de cada levita. Eles possuem a responsabilidade de conduzir a presença de Deus onde estiverem.


ü Para estar diante do Senhor: Quando os levitas realizam seus trabalhos, eles levam Deus por meios de suas ministrações, louvores e adoração onde o povo está. Porém, eles estão diante da mais alta dignidade, da mais sublime, eles estão diante de Deus.

(1)        Eles estão diante de Deus e não devem ministrar por reconhecimentos humanos devem ministrar por que seu maior bem está no Senhor. Os levitas não possuíam herdades, heranças entre o povo. Seu quinhão, sua herança está em Deus. Eles devem esta diante de Deus para o servir e não para serem servidos (Mc.10:45).

(2)   Eles estão diante de Deus para abençoar o povo. Os lábios que abençoam, não devem amaldiçoar (Rm. 12:14; 13:10). Eles devem proclamara bênçãos sobre os filhos de Deus. Devem eles invocar o nome do Senhor para abençoá-los (Nm.6:27).