sábado, 26 de fevereiro de 2011

DESISTIR OU VENCER, A ESCOLHA É SUA!


Texto: Mt.15:21-28 – ARA.

21 Partindo Jesus dali, retirou-se para os lados de Tiro e Sidom.
22 E eis que uma mulher cananéia, que viera daquelas regiões, clamava: Senhor, Filho de Davi,  tem compaixão de mim! Minha filha está horrivelmente endemoninhada.
23 Ele, porém, não lhe respondeu palavra. E os seus discípulos, aproximando-se, rogaram-lhe: Despede-a,  pois vem clamando atrás de nós.
24 Mas Jesus respondeu: Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel.
25 Ela, porém, veio e o adorou, dizendo: Senhor, socorre-me!
26 Então, ele, respondendo, disse: Não é bom tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos.
27 Ela, contudo, replicou: Sim, Senhor, porém os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus donos.
28 Então, lhe disse Jesus: Ó mulher, grande é a tua fé! Faça-se contigo como queres. E, desde aquele momento, sua filha ficou sã.


Retirou-se para os lados de Tiro e Sidom.
Tiro era considerada uma cidade pagã deste tempos antigos. Desta região veio Jezabel, filha de Etbaal, rei dos sidônios e esposa de Acabe, rei de Israel (1Rs.16:31. De lá saiu o rei que assentou em seu coração ser igual a Deus (Ez.28:1-2). Tiro e Sidon eram símbolos de paganismo, de total depravação moral e espiritual para um judeu. Estas cidades faziam parte da província romana da Síria (Mc.7:26). Jesus era judeu, segundo as tradições da época era ofensivo e considerado imundo assentar-se a mesa ou mesmo está conversando com gentios (Jo.4:9; At. 10:28). Marcos lança luz sobre o fato de Jesus está em casa de judeus, o que fica evidenciado pela expressão: “ Não é bom tirar o pão dos filhos...”.
Ele havia saído de Jerusalém e ido a lados extremos do território de Israel em direção a Tiro para um retiro com seus discípulos, sem que niguém o soubesse, mas em seus planos da divina providência estava a proposta de libertação a oprimidos por demônios (Mc.7:26).


E eis que uma mulher Cananéia, que viera daquelas regiões, clamava: Senhor, Filho de Davi,  tem compaixão de mim! Minha filha está horrivelmente endemoninhada.” V.22.

Uma mulher que clamava:

ü  Aponta a impossibilidade humana na solução de alguns problemas que enfrentamos na vida – A filhinha querida aprisionada por espíritos imundos. V. 22.

ü  Fala do senso de urgência de uma pessoa em busca da resposta aos dilemas enfrentados.

ü  Indica a intensidade das dores e sofrimentos enfrentados por muitos de nós.

No entanto, apesar de impossibilidades humanas, dores e sofrimentos enfrentados por esta mulher, Havia ardente esperança aquecendo seu coração quando ela encontrou o Senhor Jesus. Mostra-se nela a humildade, o quebrantamento, a perseverança, o desejo de vitória e libertação de sua filhinha amada.


O que causava dor e sofrimento a esta mulher siro-fenícia?

“... Senhor, Filho de Davi,  tem compaixão de mim! Minha filha está horrivelmente endemoninhada.”

Conforme declaram as Escrituras sua dor era causada pelo fato de sua filha querida estar sendo mantida refém de forças espirituais do mal (Mt.15:22; Mc.7:25).
Forças demoníacas têm se utilizado de pseudo-atrativos para manter muitos de nossos familiares queridos reféns do cracker, da maconha, do álcool, do fumo, de prostituições e crimes. Qual vai ser nossa atitude diante deste fato? Acovardarmo-nos? Fugirmos? Ou buscarmos respostas naquele que pode trazer liberdade aos oprimidos pelo diabo?

“Indo Jesus para Nazaré, onde fora criado, entrou, num sábado, na sinagoga, segundo o seu costume, e levantou-se para ler. Então, lhe deram o livro do profeta Isaías, e, abrindo o livro, achou o lugar onde estava escrito: O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, e apregoar o ano aceitável do Senhor. Tendo fechado o livro, devolveu-o ao assistente e sentou-se; e todos na sinagoga tinham os olhos fitos nele. Então, passou a dizer-lhes: HOJE, SE CUMPRIU A ESCRITURA QUE ACABAIS DE OUVIR.” Lc. 4:16-21.

“O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir; EU VIM PARA QUE TENHAM VIDA E A TENHAM EM ABUNDÂNCIA.” Jo.10:10.

O testemunho desta mulher incentiva-nos a prosseguir, a continuar, a não desistir, a lutar por nossas famílias, por nossos lares, por nossos filhos, pelas pessoas a quem amamos. A insistirmos com Cristo, mesmo diante de seu aparente silêncio.

“Clamou este aflito, e o Senhor o ouviu e o livrou de todas as suas tribulações.” Sl. 34:6.


“... Vem clamando atrás de nós. V.23b.

Nada pode fazê-la calar!  O silêncio, a aparente apatia do Mestre frente sua dor e a ineficácia do clamor de outros por sua amargura e tristeza, pôde fazê-la desistir. Ela estava determinada a continuar, ela prosseguiria a qualquer preço. Ela seria firme, impoluta, resignada, marcharia até encontrar o supremo general dos exércitos dos céus. Ele tem a palavra que determina a bênção. Ele tem a palavra de vitória.


“ELA, PORÉM, VEIO E O ADOROU, DIZENDO: SENHOR SOCORRE-ME!” V.25.
                                                   
“ELA, PORÉM, VEIO...”. Esta expressão indicava que ela não desistiu de receber sua bênção da parte de Deus, mesmo que, a resposta ainda não tenha vindo. Alguns têm desistido diante do aparente silêncio, diante da falta de respostas imediatas, frente a lutas dolorosas. Esta mulher nos ensina que quando há perseverança, há libertação; que quando há continuidade, há respostas; que quando não desistimos e permanecemos na direção certa, recebemos a atenção do nosso Senhor.

“... E O ADOROU,...”

Adoração: Exalta a Deus pelo que ele é. É o reconhecimento pelo que é. Enquanto na ação de graças e louvor reconhecemos o que ele faz, na adoração nos regozijamos pelo que Ele é. Na adoração nada fala do homem, mas de Deus. É entrar nos Santos dos Santos (Jo. 4:20-24; Ap.4:8-11).

No Novo Testamento a palavra que expressa adoração é “proskinéo”, que vem da junção de uma preposição: prós (para, em direção a) e um verbo: kineo (Beijar). Logo, a palavra Proskinéo expressa devoção, respeito, pois significa: “curvar-se, prostar-se” ou literalmente: “Beijar a mão com admiração ou beijar os pés como homenagem.” (Mt.8:2; 15:25; Lc.7:36-38; 8:41). A palavra adoração aparece cerca de 270 vezes na bíblia.

Diante de adversidades, problemas de grandes proporções e impossibilidades humanas se deixem levar pela esperança e fé em seus corações, aguçada pela perseverança. Saibam que nossas atitudes diárias podem definir nossas conquistas ou derrotas. A fé no salvador, mesmo no silêncio, pode representar apenas o estímulo necessário para a vitória. Desistir ou vencer, a escolha é sua!



Pr. Jones Douglas D. Lima, Th. D.
Macapá, 23 de Janeiro de 2011.
cristoasnacoes@hotmail.com


QUANDO A VIDA NÃO FAZ SENTIDO.


6 Mas eu sou verme  e não homem;
 opróbrio dos homens e desprezado do povo.
7 Todos os que me vêem zombam de mim;
 afrouxam os lábios e meneiam a cabeça:
8 Confiou no Senhor! Livre-o ele;
 salve-o, pois nele tem prazer.  

Sl.22:6-8 - Almeida Revista Atualizada.

A maioria de nós em algum momento de nossa existência já enfrentou a sensação de que a VIDA NÃO FAZ SENTIDO.
Perguntamo-nos: O que pode levar alguém perder o sentido na vida ao ponto de não encontrar o referencial até mesmo da dignidade humana? Muitas pessoas bem sucedidas já saíram do sucesso e fama para vivem como mendigos em grandes centros urbanos em muitos lugares do mundo. O Rafael, vocalista  do grupo Polegar, que decolou da fama, sucesso e diversão aos pântanos vis das drogas!
Os salmos falam de pessoas que enfrentaram situações semelhantes e venceram sentimentos de vazio, de tristezas profundas e amarguras. Como eles superaram estes momentos?
Que o mavioso salmista de Israel nos faça ver que a vida faz sentido. Que ela é uma bênção! Que existe algo mais na vida além dos sofrimentos e perdas. Hoje seremos conduzidos por Deus às páginas consoladoras da Bíblia e encontraremos novamente a razão e sentido verdadeiro que a vida pode proporcionar as pessoas.
Quais fatores podem contribuir para que o ser humano venha perder o sentido verdadeiro na vida?

Pessoas perdem perder o sentido na vida pelo menos em duas condições descritas pelo texto de Sl. 22.

1.    Quando circunstâncias externas em nossa vivência conspiram contra nossos sonhos ou projetos de vida.
O texto aponta duas condições externas que militam contra nossa vida:

ü  Quando nos tornamos objeto da atenção de pessoas mal intencionadas, v.7.
“Todos os que me vêem zombam de mim; afrouxam os lábios e meneiam a cabeça: confiou no Senhor! Que o livre! Salve-o, pois nele tem prazer.”
Zombaria: Fazer pouco, rir com sarcasmo, caçoar, desdenhar.
Desprezo: Atitude de não valorizar o potencial das pessoas, seja não reconhecendo , ignorando ou mesmo desfazendo do valor que elas têm.

ü  Quando nos tornamos alvos de pessoas mal intencionadas, v.12.
Muitos touros me cercam, fortes touros de Basã me rodeiam. Contra mim abrem a boca, como faz o leão que despedaça e ruge.”
Pela intimidação: Quando somos cerceados, limitados a prosseguir por ações de pessoas inescrupulosas e vis. Esta intimidação se dá por:
Meios físicos: Aqui o salmista descrê seus opositores como touros, fortes, robustos e amedrontadores. A ação conjunta, corporativa, aliada a força causa intimidações.

Meios verbais: São ameaças, acusações, são coações verbais que inibem, limitam e agridem a integridade moral e emocional de pessoas.

2.    Quando vivências internas afetam nossa maneira de perceber a vida na dimensão que ela possui.
“Mas eu sou verme e não homem; opróbrio dos homens...” v.6.
Após passar por um período de zombaria, desprezo e intimidações nosso salmista vê-se preso em sentimentos de baixa-estima causando-lhe alguns males:

ü  Sentimento de baixa-estima: Ocorre quando o senso de valor próprio ou de competencia dor ser humano é ferido. Isto se dá quando interiorizamos sentimentos de desvalorização à vida e projetamos uma visão pessimista de nossa existência. É sentir-se um zero à esquerda; alguém sem utilidade e sem valor algum. É ver-se a si próprio sem valor algum.

(1)     Se sentem presas pelas circunstâncias: “Tira a minha alma do cárcere,...” Sl.142:7 b.

(2)     Se sente desmotivadas: “Quando dentro de mim me esmorece o espírito,...” Sl.142:3 a.

(3)     Se sentem desprotegidas: “Olha a minha direita e vê, pois não há quem me reconheça, nenhum lugar de refúgio...” Sl.142:4 a.

O que fazer quando as vivências que temos parecem conspirar contra nosso sonhos toubando-nos o sentido da vida?

1.    Volte-se para Deus,v.10.
“A ti me entreguei... tu és meu Deus.”
O salmista faz 12 alusões diretas no texto a Deus. Havia uma centralidade de Deus. Mesmo nas provaçãos, nas lutas, e aparentes perdas ela não perdia de vida de que Deus é a fonte de todo sentido que a vida pode ter.


ü  Por que ele é fonte de vida e sustento, v.9.
“Contudo, tu és quem me fez nascer; e me preservaste, estando eu ainda ao seio de minha mãe.”

ü  Por que ele não despreza a dor dos que sofrem, v.24.
“Pois não desprezou, nem abominou a dor do aflito, nem oculto dele o rosto, mas o ouviu, quando lhe gritou por socorro.”

ü  Por que ele pode nos fazer cantar novamente, v.25.
“De ti vem o meu louvor na grande congregação...”