sábado, 3 de dezembro de 2011


SEGUE-ME...

“Partindo Jesus dali, viu um homem chamado Mateus  sentado na coletoria e disse-lhe: Segue-me! Ele se levantou e o seguiu.” Mt.9:9.

Os acontecimentos desta passagem se deram em Cafarnaum, cujo significado é “aldeia de Naum”, cidade na Galiléia que ficava junto ao Mar da Galiléia na região Zebulom e Naftali que unia o Egito a Damasco, capital da Síria (Mt.4:13).
Os evangelhos retratam o chamado dos discípulos para o apostolado, entre os quais, pode-se mencionar Mateus Levi (Mt.9:9-13; Mc.2:1317; Lc.5:27-32). As informações a seu respeito são escassas, exceto pelo fato de que seu nome significa – Mateus: “Dádiva de Deus” e Levi: “Unido” e que era publicano.
Os coletores de impostos a serviço do governo romano era chamado de publicanos, pois cuidavam dos recursos públicos arrecadados por meio de impostos.
Faz-se necessário a compreensão correta da mentalidade judaica daquele tempo. Eles consideravam que somente o SENHOR era Rei e assim, digno de suas contribuições. Eles prestavam-lhe adoração, respeito e tributos; sendo-lhes extremamente insultante ter que pagar tributo em forma de impostos a César.
Compreende-se, portanto, o por quê de tantas hostilidades aos judeus que se prestavam ao serviço de coletar impostos a César. Eles eram considerados traidores do Senhor e mal vistos pelo povo em geral.
Não é por menos que eles estavam, segundo o pensamento daqueles dias no mesmo nível das prostitutas, pecadores e infiéis. Eram escórias da sociedade, pessoas que se acredita não haver possibilidades de arrependimento. Eram irreconciliáveis! (Mt.9:11; 18:17; 21:32;Lc.18:11).

É neste ambiente que Jesus dirige-se a Mateus Levi, dizendo:

... Segue-me! Ele se levantou e o seguiu.” Mt.9:9.

Atender ao chamado do Senhor era um ato de marcante fé, pois:

1.    Ele enfrentaria o preconceito, Lc. 18:11.
ü  O senso de autojustiça dos fariseus os considerava escória do povo.
ü  Tornaram-se exemplo de pessoas distantes de Deus, Mt.18:17.

Como se percebe pelos textos os publicanos eram tidos como exemplos de pessoas irreconciliáveis a quem Deus tinha abandonado. Negando-lhes o direito ao arrependimento. Eles não eram aceitos nas sinagogas; andar sua companhia era sinônimo de péssima reputação, além do fato de serem indignos e impuros para os atos cerimoniais da religião judaica.
Sua jornada ao lado de Jesus de Nazaré seria árdua, difícil e dolorosa, mas ele decidiu levantar-se e segui-lo!

2.    Ele enfrentaria a insegurança perda da fonte de renda, Mt.9:9.
Ele teve que enfrentar o medo pelo amanhã, teve que superar os temores do desemprego. Deve ter sido muito difícil para Mateus ter que largar tudo. Deixar tudo para trás e seguir o Mestre tornou-se o seu grande desafio de fé.
O governo romano não teria difuldade nenhuma em substitui-lo na coletoria da cidade de Cafarnaum. Seguir a Jesus como apóstolos eram um ato de fé.

Ao escolher Mateus como seu apóstolo Jesus nos deu algumas lições:

Ninguém é tão irregenerado que não possa ser tocado pela chamado divino para segui-lo.

É preciso enxergar além das limitações humanas. É preciso vê além! É necessário acreditar que as pessoas por mais vis que venham ser podem ser mudadas pelo chamado divino e transformadas em novas criaturas. Esta verdade nos incentiva na prática da evangelização de grupos desacreditados por muitos a semelhança de Mateus. 

A marca de uma pessoa que atende o convite do Senhor é o abandono das práticas erradas, firmeza na verdade e confiança no convite do Mestre.


                                             Pr. Jones Douglas D. Lima, Th. D.

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