SEGUE-ME...
“Partindo Jesus dali, viu um homem chamado Mateus sentado na coletoria e disse-lhe: Segue-me!
Ele se levantou e o seguiu.” Mt.9:9.
Os acontecimentos desta passagem se deram em Cafarnaum, cujo
significado é “aldeia de Naum”, cidade na Galiléia que ficava junto ao Mar da
Galiléia na região Zebulom e Naftali que unia o Egito a Damasco, capital da
Síria (Mt.4:13).
Os evangelhos retratam o chamado dos discípulos para o
apostolado, entre os quais, pode-se mencionar Mateus Levi (Mt.9:9-13;
Mc.2:1317; Lc.5:27-32). As informações a seu respeito são escassas, exceto pelo
fato de que seu nome significa – Mateus: “Dádiva de Deus” e Levi: “Unido” e que
era publicano.
Os coletores de impostos a serviço do governo romano era
chamado de publicanos, pois cuidavam dos recursos públicos arrecadados por meio
de impostos.
Faz-se necessário a compreensão correta da mentalidade
judaica daquele tempo. Eles consideravam que somente o SENHOR era Rei e assim,
digno de suas contribuições. Eles prestavam-lhe adoração, respeito e tributos;
sendo-lhes extremamente insultante ter que pagar tributo em forma de impostos a
César.
Compreende-se, portanto, o por quê de tantas hostilidades aos
judeus que se prestavam ao serviço de coletar impostos a César. Eles eram
considerados traidores do Senhor e mal vistos pelo povo em geral.
Não é por menos que eles estavam, segundo o pensamento
daqueles dias no mesmo nível das prostitutas, pecadores e infiéis. Eram
escórias da sociedade, pessoas que se acredita não haver possibilidades de
arrependimento. Eram irreconciliáveis! (Mt.9:11; 18:17; 21:32;Lc.18:11).
É neste ambiente que Jesus dirige-se a Mateus Levi,
dizendo:
“... Segue-me! Ele se levantou e o seguiu.” Mt.9:9.
Atender ao chamado do Senhor era um ato de marcante fé, pois:
1. Ele enfrentaria o preconceito, Lc. 18:11.
ü O senso de autojustiça dos fariseus
os considerava escória do povo.
ü Tornaram-se exemplo de pessoas
distantes de Deus, Mt.18:17.
Como se percebe pelos textos os publicanos eram tidos como
exemplos de pessoas irreconciliáveis a quem Deus tinha abandonado. Negando-lhes
o direito ao arrependimento. Eles não eram aceitos nas sinagogas; andar sua companhia
era sinônimo de péssima reputação, além do fato de serem indignos e impuros
para os atos cerimoniais da religião judaica.
Sua jornada ao lado de Jesus de Nazaré seria árdua, difícil e
dolorosa, mas ele decidiu levantar-se e segui-lo!
2. Ele enfrentaria a insegurança perda da fonte de renda, Mt.9:9.
Ele teve que enfrentar o medo pelo amanhã, teve
que superar os temores do desemprego. Deve ter sido muito difícil para Mateus
ter que largar tudo. Deixar tudo para trás e seguir o Mestre tornou-se o seu grande
desafio de fé.
O governo romano não teria difuldade nenhuma em
substitui-lo na coletoria da cidade de Cafarnaum. Seguir a Jesus como apóstolos
eram um ato de fé.
Ao escolher Mateus como seu apóstolo Jesus nos
deu algumas lições:
Ninguém é tão irregenerado que não possa ser tocado pela chamado divino
para segui-lo.
É preciso enxergar além das limitações humanas. É preciso vê além! É necessário
acreditar que as pessoas por mais vis que venham ser podem ser mudadas pelo
chamado divino e transformadas em novas criaturas. Esta verdade nos incentiva
na prática da evangelização de grupos desacreditados por muitos a semelhança de
Mateus.
A marca de uma pessoa que atende o convite do Senhor é o abandono das
práticas erradas, firmeza na verdade e confiança no convite do Mestre.
Pr.
Jones Douglas D. Lima, Th. D.
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