quinta-feira, 19 de maio de 2011

QUANDO SONHAR NÃO É SUFICIENTE.


“Vendo, pois, seus irmãos que o pai o amava mais que a todos os outros filhos, odiaram-no e já não lhe podiam falar pacificamente. Teve José um sonho e o relatou a seus irmãos; por isso, o odiaram ainda mais.”    
 Gn. 37:4-5.

Por vezes somos convidados pela razão a refletir do por que de nossas vivências serem tão distintas daquilo que imaginamos para nossa vida como definição de projeto de vida ideal. São momentos onde sonhos podem parecer utopias, devaneios e delírios do que a possibilidade de realidades atingíveis.

José era o primogênito do casamento de Jacó e Raquel (Gn. 29:18-20,30; 32:2), era o filho de seu amor, contentamento de seu coração, seu predileto. Este sentimento, embora terno e amável despertou o ciúme no coração dos outros filhos que Jacó possuía. O ciúme é o irmão gêmeo do ódio e da vingança, são filhos do tormento. Foram destruidores capazes de produzir ressentimentos, mágoas, perdas e tristezas profundas.

O ciúme foi capaz de projetar ódio, fomentar vingança, levar a ações vis incapazes de perdão e restauração. O ódio é maior arma bacteriológica que o homem foi capaz de gerar. Ela foi gerada no recôndito da alma humana, ela pode aliciar, envolver, contaminar e por fim, levar a morte espiritual de pessoas cujos corações se abrem para este sentimento devastador.

Foi neste ambiente que José foi capaz de encontrar a possibilidade de se deixar envolver por seus sonhos. Mas, sonhar somente não era suficiente neste momento da vida, pois o ódio de seus irmãos o conduziu as mais baixas experiências que a vida pode produzir: exclusão da vida familiar, perda da liberdade e objeto do ódio daqueles que deveriam recebê-lo em seus braços.

José poderia sentir-se vítima das circunstâncias, refém da baixa-estima, prisioneiro da tristeza e filho do desencanto, porém ele preferiu reconhecer o significado profético de seu nome – Frutífero.

Sonhar não é suficiente quando nossos sonhos não capazes de nos levar a atitudes desafiadoras, mudanças, transformações. Nossos sonhos devem causar uma revolução em nossa mente, nova disposição psíquica, uma nova atitude mental. Os sonhos são capazes de gerar nova vida mental.

Somos motivados por nossas atitudes, por nosso mundo subjetivo. Elas são fonte de transformação, renovação e vida. Salomão fala desta atitude quando diz: “Apliquei meu coração...” (Ecl. 1:13,17; 7:25; 8:16; 9:1). Está escrito: “Porque, como imaginas em sua alma assim ele é; ...” Pv. 23:7. Logo, nos tornamos aquilo em que acreditamos. Nossas atitudes mentais podem nos fazer descer ao mais profundo Hades com nos levar aos píncaros das grandezas e glórias que alma humana pode alcançar.

Como um jovem sofredor, servo e abandonado tornou-se o segundo homem mais importante do Egito, a maior potencial econômica e política do mundo antigo?

O livro de Gênesis via nos conduzir as profundezas da vida de José. Vai desvendar os segredos que José lançou mão para vencer e triunfar sobre tristes realidades. Sonhos poderosos levam a ações poderosas!

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